Filmezinhos de single malt
Kabuki é uma expressão sublime da cultura japonesa constituindo um dos três estilos característicos do teatro tipicamente japonês (os outros são Noh e Bunraku, para os curiosos: http://en.wikipedia.org/wiki/Japanese_theatre). Enfim, eu e mais umas quantas amigas partimos de Tsukuba e dirigimo-nos àquele que é o principal teatro de Kabuki em Tóquio, o Kabukiza. Uma sala tremenda, plena de historia e estórias, com rituais de backstage e uma tradição de teatro de quase século e meio (e também, diga-se, uns quantos incêndios, terramotos e bombardeamentos americanos, ao longo dos anos). Nós conseguimos preços reduzidos devido a uma promoção para estrangeiros e turistas. Foi assim que pagámos metade do preço normal para a sessão da tarde. Mas quando digo matiné, estou a referir-me a uma sessão das 15h00 às 17h00! Uns quantos intervalos e direito a jantar pelo meio. Muito tempo, não é? Mas acho que valeu a pena. A peca que vimos foi recentemente redescoberta, depois de passar séculos a ganhar pó num qualquer arquivo recôndito.
Decidiram portanto trabalha-la e, ao cabo de muito suor, o resultado é um trabalho que dura um dia inteiro de representação. No entanto, eles deixam-nos algum espaço para respirar, pelo que podemos assistir apenas a pequenos excertos (actos) em cada dia sem nos sentirmos demasiados perdidos. É como se o grande conjunto fosse composto de várias pecas. Estou a fazer-me perceber? Se calhar não.
Uma particularidade do Kabuki (pelo menos no tempo presente) é que todos os actores são homens. Entre estes há toda uma rígida hierarquia. Desde os que fazem o papel de mulheres e assim permanecem durante toda a sua carreira de actores, a outros que se especializam apenas em certos papéis (samurais ou padres, por exemplo), aos que apenas lá estão para mudar os adereços de cena. No meio disto, a generalidade do público faz gala ao ver Kabuki - um pouco como ir à opera na Europa. Toda a gente bem vestida, etc., lounge suits e formal casual, jeans OK, no trainers.
Entretanto, no outro dia foi dia de mais uma reunião do oxbridge club. Desta feita foi combinada uma prova de whisky single malte na embaixada britânica em Tóquio. Desta vez decidi convidar o meu amigo e colega indiano, Ujjal. Pelas 18h30 estávamos a chegar em Tóquio mais precisamente na entrada da embaixada. Esta parece mais uma verdadeira fortaleza e ao que me dizem, uma das maiores no Japão. Depois dos salamaleques de identificação, a prova decorreu bem e sem grandes sobressaltos aparte um ou dois japoneses mais esfusiantes e a esbracejar energeticamente.
Entretanto, ainda tentei ir assistir a uns filmes integrados num festival de cinema francês em Tóquio mas quando lá cheguei os bilhetes estavam todos esgotados! Enfim, tive de encontrar outra coisa para fazer na tarde de Sábado pelo que acabei no topo da Roppongi Hills Tower, uma das mais altas nesta megapólis. A vista é absolutamente fenomenal! Como estas coisas tem sempre algo de inesperado depois da visita ao museu de arte sito no último andar da torre, acabei por ser convidado para ir ver um desfile de moda. Foram-se os filmes franceses mas acabou por ser interessante mesmo assim.
Decidiram portanto trabalha-la e, ao cabo de muito suor, o resultado é um trabalho que dura um dia inteiro de representação. No entanto, eles deixam-nos algum espaço para respirar, pelo que podemos assistir apenas a pequenos excertos (actos) em cada dia sem nos sentirmos demasiados perdidos. É como se o grande conjunto fosse composto de várias pecas. Estou a fazer-me perceber? Se calhar não.
Uma particularidade do Kabuki (pelo menos no tempo presente) é que todos os actores são homens. Entre estes há toda uma rígida hierarquia. Desde os que fazem o papel de mulheres e assim permanecem durante toda a sua carreira de actores, a outros que se especializam apenas em certos papéis (samurais ou padres, por exemplo), aos que apenas lá estão para mudar os adereços de cena. No meio disto, a generalidade do público faz gala ao ver Kabuki - um pouco como ir à opera na Europa. Toda a gente bem vestida, etc., lounge suits e formal casual, jeans OK, no trainers.
Entretanto, no outro dia foi dia de mais uma reunião do oxbridge club. Desta feita foi combinada uma prova de whisky single malte na embaixada britânica em Tóquio. Desta vez decidi convidar o meu amigo e colega indiano, Ujjal. Pelas 18h30 estávamos a chegar em Tóquio mais precisamente na entrada da embaixada. Esta parece mais uma verdadeira fortaleza e ao que me dizem, uma das maiores no Japão. Depois dos salamaleques de identificação, a prova decorreu bem e sem grandes sobressaltos aparte um ou dois japoneses mais esfusiantes e a esbracejar energeticamente.
Entretanto, ainda tentei ir assistir a uns filmes integrados num festival de cinema francês em Tóquio mas quando lá cheguei os bilhetes estavam todos esgotados! Enfim, tive de encontrar outra coisa para fazer na tarde de Sábado pelo que acabei no topo da Roppongi Hills Tower, uma das mais altas nesta megapólis. A vista é absolutamente fenomenal! Como estas coisas tem sempre algo de inesperado depois da visita ao museu de arte sito no último andar da torre, acabei por ser convidado para ir ver um desfile de moda. Foram-se os filmes franceses mas acabou por ser interessante mesmo assim.