Lições de História
Já estamos em Agosto. Este é o mes das cigarras e do tempo húmido, quente, abafado. Mal se respira, a cada passo transpiramos.
Os japoneses são engraçados. Poucos usam óculos de sol, isto embora por vezes o sol seja de tal forma forte que cega. Por outro lado, as japonesas andam sempre terrivelmente preocupadas com qualquer exposição solar. Não é tanto uma questão de melanomas mas mais uma tremenda susceptibilidade cutânea ao aparecimento de manchas e sardas permanentes. Assim, uma percentagem significativa da população feminina anda de chapéu de sol, ou quando saem a rua, levam todo o arsenal atrás, i.e. luvas, protector solar tipo ecrã total, chapéus, medidores UV, etc. Enfim, passam mal e praia nem sonhar para esta gente.
Entre saídas noctívagas em Roppongi, Shinjuku e Shibuya, Tóquio esta sempre a mexer, cheio de estrangeiros e com uma quantidade de discotecas que simplesmente não fecham, com muita gente na rua a qualquer hora da noite. Curiosamente, esta cidade tem uma movida de Jazz bastante interessante. Entre aqueles que já visitei conta-se o Cotton Club. Alguns destes clubes são até bem famosos como o piano bar do filme Lost in Translation, sito no impressionante edifício do Park Hyatt Hotel. Quanto as vistas nada a apontar, perfeito! No que toca a acústica - péssima. Os cocktails não são grande coisa e como seria de esperar é muito, muito caro. Para ir apenas em raras ocasiões, tipo para impressionar os amigalhaços ou as miúdas.
Entretanto, comecei finalmente as aulas de pintura (aguarelas japonesas ou sumi-e). Aos sábados de manha, semana sim, semana não, lá vou eu de pincel, tintas e telas para duas horas de rabiscos e gatafunhos, tinta derramada e espalhada como cinza em papel fino. A senseei (prof) não fala uma palavra de inglês o que por vezes torna a coisa algo complicada. Mas devo dizer que acho não só extremamente interessante mas mais do que isso, relaxante. Sinto-me como de volta aos tempos da pré-primária! Ainda nos Sábados comecei também umas aulas de yoga. Já por diversas vezes tinha pensado experimentar, agora foi de vez. Uma hora de alongamentos e contorcionismos, intervalados com sessões de relaxamento e meditação. A certa altura tanto era o relax e o calor lá fora, que quase adormeci estendido no tapete!
Na senda das actividades culturais ando também a aprender wa-daiko (ou Taiko, como é conhecido fora do Japão). São tambores tradicionais japoneses, alguns dos quais podem ser enormes, a pesar mais de 2 toneladas! Caríssimos também, pois são como obras de arte, feitos a partir de um único tronco de árvore. Isto pois dentro de uma semana temos o festival de Verão da Ninomiya House, onde moro. Durante as duas ultimas semanas, sextas pelas 19h00, tem sido duas horas de batucada forte, num ginásio que mais parecia uma sauna de tão quente e húmido, sem ar condicionado. Perdi, pelo menos litro e meio de água por transpiração, e aquilo puxa mesmo pelos braços, mas andar a bater nos tambores é do melhor que já vi para dar cabo do stress!
A última sessão do clube Oxbridge, levou-nos até à Base Naval Americana de Yokosuka. Realmente só vendo estas bases é que um individuo se apercebe do poderio militar dos USA. Num pais tão distante como o Japão, nesta que uma das varias bases americanas da região, eles nao so detem uma enorme extensão de terreno na entrada da baia de Tóquio, mas ainda por cima e o governo japonês que paga cerca de 70% das despesas! Trabalham aqui uns bons milhares de americanos, esta fatia do Japão funciona numa economia paralela. Funcionários e militares são pagos em dólares, tudo é transaccionado nessa moeda, os produtos são americanos, etc. Visitámos o navio principal da esquadra do Pacifico, o Blue Ridge. Este é o cérebro da esquadra, onde o comandante tem poiso. Durante as cerca de 4 horas que por ali andamos mostraram-nos o sitio onde desembarcou o primeiro navio americano no final WWII bem como onde foi assinada a rendição do Japão. Uma lição de história contemporânea. No final tivemos direito a jantar na messe dos oficiais.
Os japoneses são engraçados. Poucos usam óculos de sol, isto embora por vezes o sol seja de tal forma forte que cega. Por outro lado, as japonesas andam sempre terrivelmente preocupadas com qualquer exposição solar. Não é tanto uma questão de melanomas mas mais uma tremenda susceptibilidade cutânea ao aparecimento de manchas e sardas permanentes. Assim, uma percentagem significativa da população feminina anda de chapéu de sol, ou quando saem a rua, levam todo o arsenal atrás, i.e. luvas, protector solar tipo ecrã total, chapéus, medidores UV, etc. Enfim, passam mal e praia nem sonhar para esta gente.
Entre saídas noctívagas em Roppongi, Shinjuku e Shibuya, Tóquio esta sempre a mexer, cheio de estrangeiros e com uma quantidade de discotecas que simplesmente não fecham, com muita gente na rua a qualquer hora da noite. Curiosamente, esta cidade tem uma movida de Jazz bastante interessante. Entre aqueles que já visitei conta-se o Cotton Club. Alguns destes clubes são até bem famosos como o piano bar do filme Lost in Translation, sito no impressionante edifício do Park Hyatt Hotel. Quanto as vistas nada a apontar, perfeito! No que toca a acústica - péssima. Os cocktails não são grande coisa e como seria de esperar é muito, muito caro. Para ir apenas em raras ocasiões, tipo para impressionar os amigalhaços ou as miúdas.
Entretanto, comecei finalmente as aulas de pintura (aguarelas japonesas ou sumi-e). Aos sábados de manha, semana sim, semana não, lá vou eu de pincel, tintas e telas para duas horas de rabiscos e gatafunhos, tinta derramada e espalhada como cinza em papel fino. A senseei (prof) não fala uma palavra de inglês o que por vezes torna a coisa algo complicada. Mas devo dizer que acho não só extremamente interessante mas mais do que isso, relaxante. Sinto-me como de volta aos tempos da pré-primária! Ainda nos Sábados comecei também umas aulas de yoga. Já por diversas vezes tinha pensado experimentar, agora foi de vez. Uma hora de alongamentos e contorcionismos, intervalados com sessões de relaxamento e meditação. A certa altura tanto era o relax e o calor lá fora, que quase adormeci estendido no tapete!
Na senda das actividades culturais ando também a aprender wa-daiko (ou Taiko, como é conhecido fora do Japão). São tambores tradicionais japoneses, alguns dos quais podem ser enormes, a pesar mais de 2 toneladas! Caríssimos também, pois são como obras de arte, feitos a partir de um único tronco de árvore. Isto pois dentro de uma semana temos o festival de Verão da Ninomiya House, onde moro. Durante as duas ultimas semanas, sextas pelas 19h00, tem sido duas horas de batucada forte, num ginásio que mais parecia uma sauna de tão quente e húmido, sem ar condicionado. Perdi, pelo menos litro e meio de água por transpiração, e aquilo puxa mesmo pelos braços, mas andar a bater nos tambores é do melhor que já vi para dar cabo do stress!
A última sessão do clube Oxbridge, levou-nos até à Base Naval Americana de Yokosuka. Realmente só vendo estas bases é que um individuo se apercebe do poderio militar dos USA. Num pais tão distante como o Japão, nesta que uma das varias bases americanas da região, eles nao so detem uma enorme extensão de terreno na entrada da baia de Tóquio, mas ainda por cima e o governo japonês que paga cerca de 70% das despesas! Trabalham aqui uns bons milhares de americanos, esta fatia do Japão funciona numa economia paralela. Funcionários e militares são pagos em dólares, tudo é transaccionado nessa moeda, os produtos são americanos, etc. Visitámos o navio principal da esquadra do Pacifico, o Blue Ridge. Este é o cérebro da esquadra, onde o comandante tem poiso. Durante as cerca de 4 horas que por ali andamos mostraram-nos o sitio onde desembarcou o primeiro navio americano no final WWII bem como onde foi assinada a rendição do Japão. Uma lição de história contemporânea. No final tivemos direito a jantar na messe dos oficiais.
1 comment:
A batucada nos tambores faz cobiça! Deve ser o máximo! Abraços!
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