Tuesday, December 04, 2007

Coisas de Novembro

Durante o mes de Novembro duas ocorrências são de assinalar. Em primeiro lugar, há umas semanas atrás, tive o privilégio de rever a “Big Boss” dos meus tempos em Cambridge. A Prof. Alison Richard, vice-reitora da Universidade de Cambridge, esteve em Tóquio durante uns dias. Assim foi que organizaram uma recepção na Embaixada Britânica, para a qual fui convidado. Foi com alguma nostalgia que a ouvi discursar. Interessante foi também a inesperada presença da Princesa Takamado. Por alturas do PREC em Portugal, andava ela a estudar no Reino Unido, o que justificou a sua comparência.
O segundo evento foi o fim-de-semana prolongado de há 15 dias. Repetindo o feito do ano passado, fui junto com a Chamini e a Milica passar os 3 dias a fazer turismo. Em vez de Atami, escolhemos a região de Kansai, mais precisamente Quioto e Nara. Ambas as cidades são na realidade antigas capitais do Japão. Até ao século 7 o Japão não tinha uma capital permanente pois os mandamentos do Xintoísmo estipulavam que a capital deveria ser mudada aquando da morte do imperador. Com a introdução do Budismo, e seguindo uma série de reformas politicas, esta pratica foi abolida. Assim foi que Nara foi instituída como a primeira capital do Japão. Mas isto durou apenas 75 anos. Depois de umas afrontas com a poderosa classe clerical de Nara, a corte imperial preferiu recomeçar e escolher um novo local. Quioto foi a eleita e assim permaneceu até 1868. O primeiro dia foi dedicado a Quioto. Pessoalmente, já conhecia um pouco quando por aqui passei com a Kiran e a Ria. Mas, falta de tempo, foi-me impossível visitar aquele que para mim é o must-see desta cidade, o Pavilhão Dourado. Agora foi de vez. E realmente um templo diferente, de uma beleza extraordinária. Tal como referenciado por Mishima, a versão que agora podemos apreciar é uma reconstrução do original o qual foi destruído em 1950. Quioto é sobretudo uma cidade de templos, museus, jardins zen e palácios. Não será pois de espantar que este primeiro dia tenha sido passado a calcorrear uma quantidade absurda de templos e jardins.

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